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1.
Agora (Rio J.) ; 24(1): 10-18, Jan.-Apr. 2021.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1285002

ABSTRACT

RESUMO: Este artigo teórico discorre sobre a dessubjetivação que pode acompanhar a experiência de migração e refúgio. Os aportes psicanalíticos sobre estranho, pulsão de morte e narcisismo das pequenas diferenças são revisitados para problematizar práticas contemporâneas de violência voltadas ao estrangeiro. Sustentando-se nas proposições de Silvia Bleichmar sobre autoconservação da vida e autopreservação do Eu, exploram-se processos mediante os quais a realidade institui ou destitui formas de subjetivação. A reflexão acerca da migração e refúgio exigem que sejam contemplados os aspectos subjetivos que interferem diretamente nas vicissitudes dos envolvidos.


Abstract: This theoretical article discusses the desubjectivation that could be involved in migration and refuge experience. Psychoanalytical contributions about the strange, the death drive and the narcissism of small differences are revisited to discuss contemporary practices of violence to foreigners. Based on Silvia Bleichmar's propositions about self-preservation of life and self-preservation of the I, processes in which reality institutes or destitutes ways of subjectivity are explored. The reflection on migration and refuge requires the inclusion of subjective aspects that directly interfere in the vicissitudes of those involved.


Subject(s)
Refugees , Human Migration , Psychoanalysis , Ethnic Violence
2.
Estilos clín ; 24(3): 384-392, set.-dez. 2019.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1279029

ABSTRACT

Para responder, da perspectiva da psicanálise, à pergunta sobre quem serão os autistas de amanhã, busca-se, em primeiro lugar, traçar linhas de como se encontram os autistas no passado. Durante o século XIX, olhar médico não podia ainda diferenciar os débeis das crianças que já estavam provavelmente desenvolvendo aquilo que hoje chamamos de autismo. Mas ouvimos seus ecos em relatos de autores da época. Para refletir sobre o momento presente, apela-se para dois operadores conceituais: o discurso e a genética, concluindo que esse novo modo de ser autista combina hoje com as novas formas de dessubjetivação que estão surgindo. O presente revela ainda que as crianças autistas, escolarizadas pelos métodos comportamentais, perdem a chance de viver na escola a verdade de sua experiência, uma experiência peculiar e única. Perdem a chance de aprender a se dizer. Em relação ao futuro, afirma- se que são muitos os devires dos autistas. Mas haverá um ponto comum a todos eles: neles o sujeito freudiano não estará, em consonância com a supressão do sujeito no mundo contemporâneo.


Para responder, desde la perspectiva del psicoanálisis, la pregunta de quiénes serán los autistas del mañana, primero buscamos trazar líneas de cómo las personas autistas son en el pasado. Durante el siglo XIX, el ojo médico aún no podía diferenciar a los débiles de los niños que probablemente ya estaban desarrollando lo que ahora llamamos autismo. Pero escuchamos sus ecos en los informes de los autores de la época. Para reflexionar sobre el momento presente, recurrimos a dos operadores conceptuales: el discurso y la genética, concluyendo que esta nueva forma de ser autista se combina hoy con las nuevas formas de desubjetivación que están surgiendo. El presente también revela que los niños autistas, educados por métodos de comportamiento, pierden la oportunidad de vivir en la escuela la verdad de su experiencia, una experiencia peculiar y única. Pierden la oportunidad de aprender a decirse a sí mismos. Con respecto al futuro, se dice que hay muchos devires de autistas. Pero habrá un punto en común para todos ellos: en ellos el sujeto freudiano no estará presente, en línea con la supresión del sujeto en el mundo contemporáneo.


To answer, from the perspective of psychoanalysis, the question of who will be the autists of tomorrow, we first seek to draw lines of how autistic people are in the past. During the nineteenth century, the medical eye could not yet differentiate children with disabilities from children who were probably already developing what we now call autism. But we hear their echoes in reports by authors of that time. To reflect on the present moment, we appeal to two conceptual operators: discourse and genetics, concluding that this new way of being autistic combines today with the new forms of desubjectivation that are emerging. The present times also reveals that autistic children, educated by behavioral methods, lose the chance to live in school the truth of their experience, a peculiar and unique experience. They lose the chance to learn to say about themselves. Regarding the future, it is said that there are many becomings of autists. But there will be a common point to all of them: in them the Freudian subject will not be present, in line with the suppression of the subject in the contemporary world.


Subject(s)
Psychoanalysis/history , Autism Spectrum Disorder/etiology , Autism Spectrum Disorder/genetics , Behavior Therapy/education
3.
Rev. bras. psicanál ; 52(3): 239-250, jul.-set. 2018. ilus
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1288762

ABSTRACT

Este artigo aborda questões que incluem fenômenos inconscientes presentes na cultura e atravessam os sujeitos vítimas da humilhação e desamparo social. Reflete sobre a contribuição que o psicanalista pode oferecer para estabelecer novas formas de compreensão dos fenômenos que nos cercam, ampliando a relação da psicanálise com as questões do mundo, seus limites e sobretudo sua potência. Pretende explorar esse tema, apoiado em uma situação ligada ao processo de reurbanização e realocação de populações que vivem em favelas na vizinhança do Ceagesp. Discute a lógica da exclusão e preconceito vigente, trabalhando com a ideia de invisibilidade, o terror da dessubjetivação e a angústia diante do estranho. O referencial teórico centrou-se nas ideias de Arendt, Gonçalves Filho e Debieux.


This paper deals with issues that involve unconscious phenomena present in culture. These issues affect subjects who are victims of humiliation and social helplessness. The author writes her reflections on the contribution the psychoanalyst may bring by establishing new ways of understanding the phenomena that surround us and by expanding the relationship between Psychoanalysis and world's issues, as well as the limits and, especially, the potency of this relationship. This study is based on a situation related to the process of re-urbanization and the reallocation of people who live in slums in the surrounding areas of Ceagesp. The author discusses the logic behind the current exclusion and prejudice by working with the idea of invisibility, the extreme fear of desubjectivation, and the anguish at the stranger. Arendt's, Gonçalves Filho's, and Debieux's ideas are used as theoretical reference.


Este artículo aborda temas que incluyen fenómenos inconscientes que están presentes en la cultura y que atraviesan los sujetos victimas de humillación y desamparo social. Reflexiona sobre la contribución que el psicoanalista puede ofrecer para establecer nuevas formas de comprensión de los fenómenos nos rodean, ampliando la relación del psicoanálisis con los temas del mundo, sus límites y, principalmente, su potencia. Pretende explorar este tema, basado en una situación relacionada con el proceso de reurbanización y reubicación de poblaciones que viven en favelas en los alrededores del Ceagesp. Discute la lógica de la exclusión y el prejuicio vigente, trabajando con la idea de la invisibilidad, el terror de la desubjetivación y la angustia ante lo extraño. La referencia teórica se basó en las ideas de Arendt, Gonçalves Filho y Debieux.


Cet article évoque des questions qui comprennent des phénomènes inconscients présents dans la culture et qui passent par les sujets victimes de l'humiliation et du délaissement social. On réfléchit sur la contribution que le psychanalyste peut offrir pour établir de nouvelles façons de comprendre les phénomènes que nous entourent, en élargissant le rapport de la psychanalyse avec les questions du monde, ses limites et surtout sa puissance. On a l'intention d'explorer ce thème, appuyé sur un cas lié au processus de réurbanisation et réallocation de populations qui vivent dans des favelas aux voisinages de la Ceagesp - Compagnie d'Entrepôts et Magasins Généraux de São Paulo. On discute la logique de l'exclusion et des préjugés en vigueur, en travaillant avec l'idée d'invisibilité, la terreur de la dessubjectivation et l'angoisse face à l'étrange. Le référentiel théorique est centré sur les idées d'Arendt, Gonçalves Filho et Debieux.

4.
Rev. psicanal ; 20(1): 89-101, abr. 2013.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-836472

ABSTRACT

Os autores expõem a sua compreensão da contribuição de André Green para uma teoria psicossomática. Esta adquire seu significado na aproximação entre os fatos psicossomáticos e os estados-limites. O marco conceitual dentro do qual André Green propõe sua compreensão dos transtornos psicossomáticos é o trabalho do negativo. Foi dentro desse marco que ele expôs suas hipóteses acerca dos processos psicossomáticos: todas elas repousam na ação da pulsão de morte e de sua função desobjetalizante. Podemos encontrar entre Green e Marty um parentesco de pensamento, mas também divergências teóricas que expomos aqui.


The authors expose their understanding of André Green’s contribution for psychosomatic theory. It acquires its meaning in the proximity of psychosomatic facts to the borderline states. The conceptual framework within which André Green proposes his understanding of the psychosomatic disorders is the work of the negative. It was within this framework that he presented his hypothesis on the psychosomatic processes: they are all based over the action of death instinct and its deobjectalizing function. We may find in Green and Marty parallels in thinking, but also theoretical disagreements which are exposed here.


Los autores exponen su comprensión del aporte de André Green a una teoría psicosomática. Esta adquiere su significado en la aproximación entre los hechos psicosomáticos y los estados límites. El marco conceptual dentro del cual André Green propone su comprensión de los trastornos psicosomáticos es el trabajo de lo negativo. Dentro de ese marco expuso sus hipótesis acerca de los procesos psicosomáticos: todas ellas radican en la acción de la pulsión de muerte y de su función desobjetalizante. Podemos encontrar entre Green y Marty un parentesco de pensamiento, pero también divergencias teóricas que exponemos aquí.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Freudian Theory , Object Attachment , Psychophysiologic Disorders , Self Psychology
5.
Psico (Porto Alegre) ; 40(2): 245-252, abr.-jun. 2009.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-539635

ABSTRACT

Analisamos como se apresentam as incidências do discurso do capitalista sobre as respostas que o sujeito tenta contestar frente aos imperativos de um discurso. Tomamos como pressuposto, o dado que o discurso da ciência se une ao da tecnologia em uma conjunção híbrida afetando a verdade e o saber, tomados como uma marca da subjetivação, hoje em crise. Neste sentido, apresentamos a relação entre os ideais de felicidade da cultura e a constante insistência do resto como causa de um mal-estar inassimilável. Analisamos como a tecnociência responde a este mal-estar carregando consigo o estatuto de uma Verdade pronta para o consumo privilegiando o artifício tecnológico e a engenharia genética. O sujeito fica então, submerso sob um imperativo superegóico que lhe petrifica num mandamento de gozar sem tréguas. Verdadeiramente, se no discurso capitalista o Outro não existe como aquele que pode sustentar uma função estrutural significante, o sujeito fica refém de uma ideologia anônima. Concluímos que a ordem do Amo capitalista é que se pode apreender o resto por meio de uma relação sem embaraço com os objetos de consumo. No entanto, a psicanálise explica que domesticar o resto é uma falácia do discurso capitalista, já que o real não se deixa capturar pela consciência. As consequências disto são as constantes irrupções do real nos atos de violência contra o próximo, tão constantes em nossa sociedade.


In this article we analyze how the incidences of the discourse of capitalist are presented over the answers the subject tries to contest facing the imperatives of such a discourse. We assume that the science discourse joins with the technoscientific discourse in a hybrid conjunction that affects the truth and the knowledge taken as a mark of subjectivity that is declining today. Therefore, we presented the relation between the ideals of happiness of the culture and the constant insistence of the rest as cause of endless discontentment. We also analyze how techonoscience responds to this discontentment by carrying a statute of a self-made truth ready to be consumed giving privilege to the technological inventiveness and genetics engineering. The individual is left submerse under a superegoic imperative that petrifies him/her in an order of unlimited jouissance. If in the capitalism discourse the Other does not exists as one that is able to support a structural function, the individual is captive of an anonymous ideology. Finally, we conclude that the order of the capitalist master is that it is indeed possible to apprehend the rest by having a direct relation with the objects of consume. Nonetheless, psychoanalysis explains that to “domesticate” the rest is a fallacy from the capitalistic discourse, once the real cannot be captured by the conscience. The consequences are the constant irruptions of the real in the acts of violence so ordinary in our society.


Analizamos en este trabajo las incidencias del discurso del capitalista sobre las respuestas que el sujeto intenta construir ante los imperativos de un discurso. Tomamos como hipótesis, el discurso de la ciencia en conjunción híbrida a los avances discursivos de la tecnología y la forma de afectación causada sobre la verdad del sujeto, en tanto una marca de la crisis en la subjetivación de nuestra época. Así, presentamos la relación entre los ideales de felicidad sustentado por la cultura y la presencia del resto como causa de malestar imposible en la asimilación discursiva. También se analiza como la tecnociencia responde a este malestar y lo transforma en estatuto de la Verdad, lista para el consumo y que favorece a los artificios tecnológicos y a la ingeniaría genética. El sujeto queda entonces sumergido bajo los imperativos superyóico que lo petrifica en un mandamiento de goce sin cese. Si en el discurso capitalista el Otro no existe como sostén de una función estructurante, el sujeto se torna un rehén de una ideología anónima. La conclusión es que el imperativo del Amo capitalista se manifiesta a través de la aprehensión del resto por medio de una relación sin escrúpulos mantenida con los objetos de consumo. Sin embargo, el psicoanálisis explica que domesticar el resto es una falacia del discurso capitalista, pues lo real no se permite una captura por la conciencia. Las consecuencias son las constantes adjunciones de lo real en actos de violencia contra el prójimo, detectados en la sociedad.


Subject(s)
Humans , Capitalism , Culture , Happiness , Philosophy , Psychology, Social , Science, Technology and Society
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